Armações Que Fizeram História
A armação leve e confortável provocou um dos grandes sucessos comerciais a partir dos anos de 1920. O estilo Numont varreu o mundo com suas estruturas finas de ouro, prata e meios aros. Um modelo simples para os dois sexos e ainda hoje adotado por pessoas que preferem armações sóbrias e graus baixos. Um segundo modelo do século XX que agradou principalmente os aficionados de solares foi o Ray-Ban. Projetado com base nas máscaras de pilotos de avião, inicialmente não foi sucesso de vendas, pelo contrário, houve pouca procura e as críticas variavam de acordo com o gosto estética do comprador. Porém, a partir da Segunda Guerra Mundial, tudo mudou. Adotado quase que como uniforme do exército americano, o estilo Ray-Ban ou aviador transformou-se em febre e se mantém até hoje, 76 anos depois do seu lançamento.
Com Europa convulsionada pelos estragos da Guerra, não havia como lançar novos produtos porque o povo europeu não tinha dinheiro para vaidades pessoais. A Europa precisava ser reconstruída. As fabricantes de armação adaptaram o modelo redondo e criou-se o que hoje chamamos de wayfarer. De plástico e metal, o estilo se manteve até início da década seguinte, quando óculos tornaram-se acessórios de moda. Na verdade, óculos foram criados em 500 antes de Cristo como acessórios, uso que se perdeu ao longo do tempo com o aparecimento das lentes graduadas.
Após a Segunda Guerra, em cada década novos modelos surgiam no mercado para atender cada vez mais o público. Não por acaso, os enormes solares invadiram as ópticas nos anos de 1970. Aros imensos e coloridos, as novas modelagens atiçaram a vaidade feminina. Complementando a moda sem moda, na qual tudo era possível usar, os “setentinhas” entraram para a história do design como os jeans, as camisetas e as sandálias de praia. Todos os produtos da mesma época e até hoje considerados peças fundamentais do guarda-roupa dos jovens.